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Laboratório Prootma

Publicado: Segunda, 01 de Maio de 2017, 23h39 | Última atualização em Terça, 09 de Maio de 2017, 20h06 | Acessos: 10388

Outras informações

O Programa de Ordenamento Territorial e Ambiental através de Integração de Banco de Dados Georreferenciados (PROTIMA) é uma iniciativa do Campus Universitário do Tocantins/Cametá da Universidade Federal do Pará, visando integrar ações de pesquisa dos professores do campus. As condições e possibilidades de pesquisa verificadas no campus e nessa região da Amazônia Tocantina, área de atuação da UFPA/Cametá, nos impulsiona a desenvolver o PROOTMA através da instalação do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento.

Na nossa região da Amazônia Tocantina temos já uma série de estudos e informações produzidos por pesquisadores, institutos de pesquisa e por órgãos dos governos, mas geralmente estes dados: não são totalmente confiáveis; abrangem grande escala, não contemplando estudos mais locais; utilizam metodologias pouco coerentes e consistentes e encontram-se dispersos, não sendo integrados em um banco de dado que permita análises mais complexas, aprofundadas e abrangentes. Assim, o PROOTMA visa criar um Banco de Dados Integrados no Campus Universitário do Tocantins, para proporcionar que os pesquisadores desta instituição potencializem os resultados de suas pesquisas e as coordenem, em vista de combinar esforços e aproveitar recursos para produção de conhecimentos necessários ao desenvolvimento cientifico, tecnológico, às inovações, planejamento e implementação de política públicas e ações de movimentos sociais.

Nós vivemos em uma região marcada pela presença dos mais diversos usos sociais do rio Tocantins, várzeas, ilhas e outros meio naturais, mas faltam conhecimentos mais abrangentes e específicos sobre os mais diversos ecossistemas da região, bem como sobre as cidades, vilas e ocupações e usos da terra, da floresta, dos campos naturais, dos recursos etc. Conhecimentos bioquímicos sobre a água do rio Tocantins e demais rios, igarapés da região, por exemplo, tão importantes para a vida das mais diversas populações locais são inexistentes. Assim as políticas públicas de saúde, saneamento, proteção ambiental, produção agropecuária e turismo etc., não encontram base de informações consistentes para sua formulação e implementação. Mesmo as informações que existem nesse âmbito são insuficientes, fragmentadas, desatualizadas ou não confiáveis.

A qualidade de água para balneabilidade, para consumo humano, para as práticas agrícolas ou aquicultura etc., não é sistematicamente conhecida e analisada nas cidades ou nos interiores dos municípios dessa região do rio Tocantins. Um banco de dados integrado busca possibilitar que todas as informações sobre a água, as vegetações, os solos, os climas, os relevos, a fauna etc. não apenas fossem organizadas, como também espacializadas, sistematizadas e generalizadas através de tratamento pelo Geoprocessamento e Sistema da Informação Geográfica, comparando-se situações, acompanhando-se desenvolvimentos e variações temporais, distribuições e níveis de impactos na vida nas pessoas e dos meios ecológicos estudados. Novas informações coletadas em diferentes escalas locais e sistematizadas serão articuladas as já integradas no banco de dados, possibilitando novas análises, através da combinação com outros dados (da fauna, da flora, do solo, do clima, da produção agrícola, da circulação e comunicação, da saúde, da educação, da moradia, transporte etc.).

Em geral, os gestores municipais e/ou estaduais e federais tomam decisões ou desenvolvem projetos e programas sem o conhecimento de todas as condicionantes socioambientais envolvidas nos problemas que procuram combater. Os governos municipais não possuem uma base de dados segura e confiáveis, que possibilite a constante renovação e ampliação de informações específicas, garantindo assim que recursos, investimentos e tempo não sejam desperdiçados ou utilizados de modo inadequado e ineficaz. Este banco de dados poderá abrir a possiblidade para que estes gestores possam consultar, encomendar estudos ou produtos específicos combinando dados de variáveis ambientais significativas para escala do problema e da política que pretendessem desenvolver. Assim como organizações da sociedade civil em geral, cooperativas e associações poderão acessar informações ou produtos (informações especializadas) para o desenvolvimento de seus projetos e ações coletivas em escala local ou regional. Obter dados sistematizados e com a mínima confiabilidade em nossa região é muito difícil, e um único pesquisador apenas cobre um campo mínimo, recolhendo informações e as organizando sobre situações muito específicas. Mas, se vários projetos de pesquisa estiverem colaborando para alimentar um único banco de dados, os pesquisadores apenas concentrarão seus esforços em produzir as informações necessárias que possam somar com as informações de outros pesquisadores, assim ambos devem economizar esforços, potencializando o entendimento da realidade estudada, pois cobrirão mais aspectos e uma população e área maior.

Dadas as condições atuais de pesquisa na nossa região e no campus, não podemos mais realizar trabalhos isolados, esporádicos e com poucos recursos, pois geralmente pesquisamos na mesma área, atuamos tentando conhecer melhor os mesmos ecossistemas. Uma forma de unificar e potencializar nossos esforços de pesquisa é integrar as informações de nossas pesquisas em um único banco de dados que nos possibilite, pouco a pouco, uma base sólida para avançarmos na produção de mais conhecimentos científicos e conhecimentos mais sistemáticos, específicos e úteis. O PROOTMA busca esta integração a partir das nossas áreas especificas de formação e atuação, utilizando e combinando várias metodologias de pesquisa, para desenvolver melhor o nosso trabalho de pesquisa, espacializando informações, trabalhando de forma coordenada na produção de conhecimentos socioambientais e constituindo progressivamente uma rede de cooperação que nos possibilite em pouco tempo constituir projetos de pesquisa de largo escopo e alcance científico.

 

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