Projeto Multicampiartes promove atividades artísticas em Cametá

Projeto Multicampiartes promove atividades artísticas em Cametá

Com o intuito de encerrar uma longa espera da cidade de Cametá por espetáculos e levar diversas atrações pela localidade, o Projeto Multicampiartes promoveu, com entrada franca e toda a dimensão social que a Universidade possui, nos últimos dias 8 a 13 de maio, uma série de ações culturais à Terra do Mapará.

O professor Miguel de Santa Brigida Junior, da Diretoria de Arte, Cultura, Esporte e Lazer (DAC/Proex) conversou com o Multicampi sobre o evento e a festa da diversidade lá vivenciada. “Como trabalho com a cultura popular, a grande alegria da festa é percebermos o quanto podemos ser diverso e acolher essa diversidade e multiplicidade cultural.”

Reconfiguração do projeto – “A preocupação que chamo de reconfiguração do Multicampiartes, é que as oficinas, e todos os cursos que serão ofertados, devem ter uma sintonia com a cultura do lugar, com a história e desejos daqueles campi. Por isso ouvimos a demanda de quais oficinas ofertaremos. E, além disso, que essas oficinas consigam conversar com a estrutura que a cidade tem a partir do Campus: os grupos de pesquisa presentes – o que conseguimos fazer com os alunos do Parfor de teatro – e com os grupos culturais da cidade”, comenta o professor.

“Diversidade é um conceito importante para a Pró-Reitoria de Extensão, como para toda a gestão da UFPA e o professor Emmanuel Tourinho – reitor da Universidade – tem falado muito isso, e a multiplicidade de possibilidades de integração que podemos fazer: na rua, no ginásio. Podemos usar os espaços da cidade como um desenho de extensão. Não é preciso a cidade ter um teatro ou auditório. A própria cidade oferece espaço que podemos construir como um lugar de prática extensionista.”

Cortejo Cultural – Em comemoração aos 30 anos do Campus Cametá, um dos mais antigos da UFPA, foi realizado um Cortejo Cultural pelas ruas do município para encerrar a série de programações. Durante os agradecimentos, houve um “encontro” entre a manifestação artística e a procissão de Fátima – em celebração dos 100 anos de aparição dela em Portugal. Um evento que o professor Miguel definiu como: “O encontro entre o cortejo de uma dimensão mais artística e ‘profana’ com um cortejo religioso, que é uma tradição brasileira riquíssima”.

“Teve uma cena que para mim foi muito especial: as senhoras dançarinas de Siriá, que tinham acabado de se apresentar, se integraram à procissão de Fátima com os figurinos que elas dançaram e foram pegando as velas. Aquilo para mim foi extremamente simbólico. De como se consegue, no mesmo espaço de comunhão que a rua permite, fazer com que essas manifestações todas se comunguem e fazer da rua um espaço de celebração da cultura e da extensão universitária”.

Aperfeiçoamento – Apesar do sucesso conquistado no evento, Miguel afirma que o Multicampiartes ainda está em processo de evolução e promoverá maior integração aos lugares que o projeto chegar. “Quando oferecemos essas oficinas de teatro e dança, percebemos que fica uma semente para a organização de novos grupos. Ou seja, precisamos conhecer a tradição, atravessar com a extensão e ao mesmo tempo promover um avanço na construção coletiva.”

Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA

Imagens: Divulgação

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Publicado em: 23.05.2017

Fonte: http://multicampi.ufpa.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1413:2017-05-23-18-38-34